terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Vale a pena ver de novo


"Não existe sensação mais confortante do que está com o controle remoto na mão, no sofá e com a TV só para si.

Essa calma nada tem haver com a programação dos canais abertos ou fechados. Mas os simples fato de sentir o poder de escolha tão latente enche nosso ser de tranquilidade. 

O televisor quase sempre está no mudo (sempre está na realidade).

A glória aqui é mudar, do um, ao noventa e nove, e logo após voltar. Rapidamente.

Mal se ver do que cada canal se trata no instante. É até engraçado.

Por longos minutos escolhemos. Decidimos o assistir ou não.

Que inveja minha vida real sente desses botões!

Como queria aumentar o volume das palavras doces e suaves que ouvi. Ao ponto do aplicativo sugerir a retirada dos fones para não prejudicar minha audição.

Pausar abraços, apertos e cócegas, e só tirar a pausa quando a barriga doer e o fôlego faltar.
Gravar cada segundo que gostaríamos de reprisar insistentemente, tipo como os episódios do chaves no SBT, que sabemos exatamente cada frase e não nos cansamos de assistir, e rimos todas às vezes com a mesma intensidade.

E se na madrugada da vida, a programação ficar chata, com aqueles programas de autoajuda ou telejornais trágicos? Pois é, temos o controle, mas existem momentos que todos nossos canais estão assim. Não dá para fugir, mas podemos novamente deixar o volume baixinho. Quase inaudível.  

A melhor forma de passar por programações ruins, talvez não seja desligando a TV, mas fazendo com que tais coisas não afetem diretamente nossa paz de espírito.

Cochilamos com o controle na mão.

Mas logo o despertador toca. A programação muda ao nascer do sol. E o ciclo se renova.

Pensando bem, o controle da vida também deve está ao nosso alcance, nós que às vezes preferimos deixa-lo na mão de outros telespectadores.

A pessoa sabe qual nossa novela favorita."


[O mundo não é o bastante.]

Força Sempre.

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