"Não existe sensação mais
confortante do que está com o controle remoto na mão, no sofá e com a TV só
para si.
Essa calma nada tem haver
com a programação dos canais abertos ou fechados. Mas os simples fato de sentir
o poder de escolha tão latente enche nosso ser de tranquilidade.
O televisor quase sempre
está no mudo (sempre está na realidade).
A glória aqui é mudar, do
um, ao noventa e nove, e logo após voltar. Rapidamente.
Mal se ver do que cada
canal se trata no instante. É até engraçado.
Por longos minutos
escolhemos. Decidimos o assistir ou não.
Que inveja minha vida real
sente desses botões!
Como queria aumentar o
volume das palavras doces e suaves que ouvi. Ao ponto do aplicativo sugerir a
retirada dos fones para não prejudicar minha audição.
Pausar abraços, apertos e cócegas,
e só tirar a pausa quando a barriga doer e o fôlego faltar.
Gravar cada segundo que gostaríamos
de reprisar insistentemente, tipo como os episódios do chaves no SBT, que
sabemos exatamente cada frase e não nos cansamos de assistir, e rimos todas às
vezes com a mesma intensidade.
E se na madrugada da vida,
a programação ficar chata, com aqueles programas de autoajuda ou telejornais
trágicos? Pois é, temos o controle, mas existem momentos que todos nossos
canais estão assim. Não dá para fugir, mas podemos novamente deixar o volume
baixinho. Quase inaudível.
A melhor forma de passar
por programações ruins, talvez não seja desligando a TV, mas fazendo com que
tais coisas não afetem diretamente nossa paz de espírito.
Cochilamos com o controle na mão.
Mas logo o despertador
toca. A programação muda ao nascer do sol. E o ciclo se renova.
Pensando bem, o controle da vida também deve está ao nosso alcance, nós que às vezes preferimos deixa-lo na mão de outros telespectadores.
A pessoa sabe qual nossa
novela favorita."
[O mundo não é o bastante.]
Força Sempre.
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