Qual mais perfeito
esconderijo? Aonde ir quando mesmo presente a vontade seria de sumir? Seria
esse um lugar? Talvez não, nada mais prático e aceitável que um sorriso.
Não é
contraditório, é estratégico. Por isso, vejo nesse gesto uma dos mistérios mais
intrigantes de nosso comportamento. Vai além do ato, e nem sempre se resume a
ele. Nunca é só aquilo. Num passe de mágica estamos num mundo diferente. Onde
jamais saberemos oque ele trás.
Ali no rápido
sorriso, milhares de canções são lembradas, muitos olhares ressurgem, o filme
passa na tela do imaginário, e as emoções que antes jurávamos furtadas veem a
tona. Ou não! O brilho que surgiu dentre os lábio não passa de um grande ator,
que apesar das feridas cravadas no peito, decidiu contrariar tudo e todos. Não se
trancou no quarto das mágoas e resolver viver, mesmo querendo jamais existir.
Pelo menos naquele momento. Ali, o brilho do sorriso em nada lembra a alma
doida. Mas ele esta ali. Firme e forte, mais forte que firme, mas ali.
Se não é possível
decifrar o causa, me resta admirar a consequência. Sim, se é o que podemos ter,
por que não? Até porque difícil explorar algo, se sua própria visão já da todos
os motivos de sua existência. Melhor e sentar aqui e observar. Observar não as
alegrias ou as lágrimas por trás, mas apenas olhar e ver o sorriso como ele é.
Se nada consigo
ver além, ao menos me apego a semelhança dele com a felicidade, se superficial eu não sei, mais tão bela
quanto ela. E se ser feliz não é uma estado constante e sim frações momentâneas,
que esse sorriso dure apenas o suficiente para assim como a felicidade, ser uma
busca diária. Eu esperarei aqui, sempre.
O mundo não é o
bastante
Força sempre