Mesmo não entendendo,
mais cedo ou mais tarde teremos que recomeçar. Não importa a dimensão da
conquista, muito menos a grandeza da perda. O recomeço é uma máxima.
Se de fato é algo
que jamais evitaremos, melhor será esquartejarmos esse dolorido processo e
tentar ao menos tirar lições. Pois sempre há. Pois é impossível em meio aos
gritos de vitorias, ou até mesmo a rio de lágrimas, não reste nada didático.
A afirmação nos
leva a definir que a vida é feita de ciclos, que invariavelmente tendem a nos
colocar em constante posição de batalha. Ou pelo menos deveria. No entanto, não
tratarei aqui do clímax que sempre ansiamos, dos aplausos que aguardamos, nem
todos louros da vitória alcançada. Queria dar um passo à frente, ou atrás.
E quando os
sorrisos se distanciam? A alegria pela conquista é substituída por o forçado
entendimento que temos que voltar ao principio? Será mesmo necessário tentar
uma vez mais?
Mais que necessário,
é vital. Uma mágica incrível desabrocha nos novos começos. O reconhecimento de
que somos frágeis, nos coloca num patamar abaixo, justamente no lugar onde a
atenção e desejo de sempre aprender estão nos esperando. A energia é elevada ao máximo, quando vemos
que podemos tentar novamente e agora atentando para as armadilhas que as metas
ousadas às vezes nos trazem. Agora as curvas mesmo ainda sendo fechadas, são
feitas com menor velocidade e mais perícia. A derrapagem se torna evitável.
É hora de olhar
para conselhos antes descartados, os cuidados antes desprezados e atentar para
os ensinamentos antes despercebidos. É nessa hora que valorizamos mais o ouvir
do que o falar, perdemos tempo com quem já fez esse caminho, ou melhor, o ganhamos.
São quando a
esperança do êxito repetido e a certeza de que muito ainda temos que aprender
se unem, que todo esse processo antes resistido faz sentido. Ou melhor, renasce
como necessário.
Que bom que
recomecei, que bom que pude ver que nos processos naturais e inevitáveis da
vida, eu pude sentar na prancheta do tempo, passar a borracha nos traços dos
equívocos e tentar redesenhar as linhas do meu novo e agora mais compreendido destino.
O MUNDO NÃO É O
BASTANTE
FORÇA SEMPRE