segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Eu discordo

“Queria de fato fazer parte do coro e aceitar muitos conceitos como sendo definitivos. Queria pode falar com convicção no início de cada conselho dado: Como diz o velho ditado...
Mas, por que a primeira impressão é a que fica? Onde definiram que o que valem são os primeiros olhares, impressões, modo de colocar a mão sobre a mesa ou forma de olhar para os lados? Será mesmo que toda história futura pode ser avaliada naquele momento, sem levar em conta as infinitas variáveis que possam estar fazendo daquele momento um dos mais difíceis já passado pela pessoa. Ou o que dizer de mecanismos de defesas naturais acionados ao primeiro sinal de envolvimento, frutos de mágoas e dores passadas. Não, definitivamente somos muito mais complexos do que o que podemos mostrar na primeira chance nos dada, planejadas ou não.
Reforço minha tese, afirmando que o amadurecimento proveniente da relação diária, com suas lutas obvias e desgastes inevitáveis, é que vão dosar o nível de excelência de uma história que literalmente será construída a quatro mãos.
Tempo, ele sim diz e dirá. Esse tempo será sempre maior do que o instante onde dois olhares se cruzam em meio à multidão. Perfeito passos iniciais podem sim caírem em decadência ao longo dos dias, e mãos desastradas e tremulas podem sim ser abrigo seguro e desejado.
Acreditar assim, é ter esperança. E esperança é umas das mais eficazes forças motrizes para nossos sonhos. Nela alicerçamos que os dias que seguem terão mais graças e menos dor. Mesmo quando pensa assim parece ser trazer consigo a desaprovação de muitos que nos cercam, e que julgam querer nosso bem, porém, já foram sufocados com as definições quase que infalíveis obtidas na primeira impressão.
A esperanças as vezes será uma estrada solitária, ondem os carros que encontraremos geralmente transitam na direção oposta, na contramão.
Mas, na contramão de todos também parece estar meu sentimento, por isso decido discordar, torcendo para não ser atropelado na avenida das opiniões. E até aqui nenhum acidente grave registrado, no máximo escoriações leves.”


O mundo não é o bastante

Força Sempre!

terça-feira, 28 de julho de 2015

Incógnita

“Não creio que o amor seja um só, ele é grande demais para isso.
Também não creio que sejam  vários, essa nobreza pede exclusividade.
Amamos a pessoa, o sorriso, os gestos e até as dores (desde que venham dela).
Amamos até a possibilidade de não amarmos.
Mas por mais que tentássemos  correr de nada poderemos fugir, pois tanto não ausência, quanto na presença, o amor estará.”

O mundo não é o bastante

Força Sempre

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Ousadia

Sonhos deveriam ser mais egoístas de vez em quando. Sim, inconformados!
Saltar mais vezes para fora, sentir as delícias e os anseios aqui de baixo.
Serem teimosos também para quererem ficar, e esquecer-se de si, se permitirem ser livres, acertar e errar...

Sonhos deveriam lutar para serem, a cada segundo, um pouco mais do que são, por alguns instantes serem reais de fato e de direto.


Força Sempre

O mundo não é o bastante

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Onde a conta não bate

“Qual a lógica do sentir? Não há!
Resposta rápida, talvez quase que involuntária. Não pelo conhecimento profundo de lógica, mas por compreender um pouco sobre os poucos nexos do coração. Onde a vontade não respeita parâmetros nem sequencias estabelecidas. Simplesmente vem à tona.
Surge, assim como a vontade de mesmo sem entender nada, não sair de tal confusão. Mesmo sem achar prudente, busca-se incansavelmente a linha do devaneio.  Uma corrida na contra mão, porém sem multas e riscos. Com apenas um destino desejado.
Não há fórmulas prontas, a frieza dos números não resistiram ao calor da emoção, a fervura do querer ou tão pouco a ânsia pelo toque. Melhor dividirmos as coisa, deixar a métrica falar apenas na hora onde a distância separam os corpos, onde cada segundo do relógio parece ser um pior inimigo.
Não digo que não usaria a lógica no pensar com o peito, até seria útil para contar o número de vezes que os olhares se cruzam, que o coração acelera e que os risos não são contidos. Ai sim cabe a linda matemática.  

A lógica se rende a teimosia do sentir!”

O mundo não é o bastante.

FORÇA SEMPRE

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Alfa

Só saberá admirar de fato um belo rio, que conheceu sua nascente, pois o resultado nem sempre mostra a beleza do nascimento. Isso nos faz refletir o quanto somos imediatistas e pouco atentos aos detalhes, pois nos deixamos levar apenas pelo que a vista alcança.
Eis um grande desafio, olhar para além do obvio, além da correnteza, além da preparação quase que desnecessária. Devemos mais do que nunca ir à origem, onde aquele grande mar de água não passa de um filamento inexpressivo brotando da rocha bruta, onde a magia do voo da colorida borboleta não passa de um casulo quente e camuflado por entre as folhas. Onde o sorriso e a majestosa presença, não passam de uma doce menina despertando do sono após sonhar com o príncipe encantado.
Nas origens descobrimos a real força, e sabemos o quanto será duradora a beleza. Quando de paz e aprendizado pode trazer. No inicio não existem máscaras nem maquiagem para burlar a face manchada de lágrima, o sorriso não está amarelado pela expectativa não alcançada. Ali está o desabrochar, puro e simples.
Poucos embarcam nessa viagem, nesse mundo que as luzes e os sons não mostram. Onde as fotografias não estamparam a capa da rede social. Ali está à essência, lugar para poucos, graça vivida apenas pelos que descem do degrau da futilidade e entra na sala da alma.
Ali são apenas para poucos, e poucos que se descobrem e se entendem, não importa o tempo. Não importa o que já vivido foi, pois não se trata de encontros de destinos, mas de encontro de começos.

Voltarei sempre para lá!

O mundo não é o bastante.

FORÇA SEMPRE

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O que aprendi com a Fênix

Mesmo não entendendo, mais cedo ou mais tarde teremos que recomeçar. Não importa a dimensão da conquista, muito menos a grandeza da perda. O recomeço é uma máxima.

Se de fato é algo que jamais evitaremos, melhor será esquartejarmos esse dolorido processo e tentar ao menos tirar lições. Pois sempre há. Pois é impossível em meio aos gritos de vitorias, ou até mesmo a rio de lágrimas, não reste nada didático.

A afirmação nos leva a definir que a vida é feita de ciclos, que invariavelmente tendem a nos colocar em constante posição de batalha. Ou pelo menos deveria. No entanto, não tratarei aqui do clímax que sempre ansiamos, dos aplausos que aguardamos, nem todos louros da vitória alcançada. Queria dar um passo à frente, ou atrás.

E quando os sorrisos se distanciam? A alegria pela conquista é substituída por o forçado entendimento que temos que voltar ao principio? Será mesmo necessário tentar uma vez mais?

Mais que necessário, é vital. Uma mágica incrível desabrocha nos novos começos. O reconhecimento de que somos frágeis, nos coloca num patamar abaixo, justamente no lugar onde a atenção e desejo de sempre aprender estão nos esperando.  A energia é elevada ao máximo, quando vemos que podemos tentar novamente e agora atentando para as armadilhas que as metas ousadas às vezes nos trazem. Agora as curvas mesmo ainda sendo fechadas, são feitas com menor velocidade e mais perícia. A derrapagem se torna evitável.

É hora de olhar para conselhos antes descartados, os cuidados antes desprezados e atentar para os ensinamentos antes despercebidos. É nessa hora que valorizamos mais o ouvir do que o falar, perdemos tempo com quem já fez esse caminho, ou melhor, o ganhamos.

São quando a esperança do êxito repetido e a certeza de que muito ainda temos que aprender se unem, que todo esse processo antes resistido faz sentido. Ou melhor, renasce como necessário.

Que bom que recomecei, que bom que pude ver que nos processos naturais e inevitáveis da vida, eu pude sentar na prancheta do tempo, passar a borracha nos traços dos equívocos e tentar redesenhar as linhas do meu novo e agora mais compreendido destino.

O MUNDO NÃO É O BASTANTE

FORÇA SEMPRE