Só saberá admirar de fato um
belo rio, que conheceu sua nascente, pois o resultado nem sempre mostra a
beleza do nascimento. Isso nos faz refletir o quanto somos imediatistas e pouco
atentos aos detalhes, pois nos deixamos levar apenas pelo que a vista alcança.
Eis um grande desafio, olhar
para além do obvio, além da correnteza, além da preparação quase que
desnecessária. Devemos mais do que nunca ir à origem, onde aquele grande mar de
água não passa de um filamento inexpressivo brotando da rocha bruta, onde a
magia do voo da colorida borboleta não passa de um casulo quente e camuflado
por entre as folhas. Onde o sorriso e a majestosa presença, não passam de uma
doce menina despertando do sono após sonhar com o príncipe encantado.
Nas origens descobrimos a
real força, e sabemos o quanto será duradora a beleza. Quando de paz e
aprendizado pode trazer. No inicio não existem máscaras nem maquiagem para
burlar a face manchada de lágrima, o sorriso não está amarelado pela
expectativa não alcançada. Ali está o desabrochar, puro e simples.
Poucos embarcam nessa viagem,
nesse mundo que as luzes e os sons não mostram. Onde as fotografias não
estamparam a capa da rede social. Ali está à essência, lugar para poucos, graça
vivida apenas pelos que descem do degrau da futilidade e entra na sala da alma.
Ali são apenas para poucos,
e poucos que se descobrem e se entendem, não importa o tempo. Não importa o que
já vivido foi, pois não se trata de encontros de destinos, mas de encontro de
começos.
Voltarei sempre para lá!
O mundo não é o bastante.
FORÇA SEMPRE