quarta-feira, 8 de abril de 2015

Alfa

Só saberá admirar de fato um belo rio, que conheceu sua nascente, pois o resultado nem sempre mostra a beleza do nascimento. Isso nos faz refletir o quanto somos imediatistas e pouco atentos aos detalhes, pois nos deixamos levar apenas pelo que a vista alcança.
Eis um grande desafio, olhar para além do obvio, além da correnteza, além da preparação quase que desnecessária. Devemos mais do que nunca ir à origem, onde aquele grande mar de água não passa de um filamento inexpressivo brotando da rocha bruta, onde a magia do voo da colorida borboleta não passa de um casulo quente e camuflado por entre as folhas. Onde o sorriso e a majestosa presença, não passam de uma doce menina despertando do sono após sonhar com o príncipe encantado.
Nas origens descobrimos a real força, e sabemos o quanto será duradora a beleza. Quando de paz e aprendizado pode trazer. No inicio não existem máscaras nem maquiagem para burlar a face manchada de lágrima, o sorriso não está amarelado pela expectativa não alcançada. Ali está o desabrochar, puro e simples.
Poucos embarcam nessa viagem, nesse mundo que as luzes e os sons não mostram. Onde as fotografias não estamparam a capa da rede social. Ali está à essência, lugar para poucos, graça vivida apenas pelos que descem do degrau da futilidade e entra na sala da alma.
Ali são apenas para poucos, e poucos que se descobrem e se entendem, não importa o tempo. Não importa o que já vivido foi, pois não se trata de encontros de destinos, mas de encontro de começos.

Voltarei sempre para lá!

O mundo não é o bastante.

FORÇA SEMPRE